Isto pode lembrar, para a maioria das pessoas, as palavras de Deus em Gênesis: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gênesis 1:26). Dado que Deus diz “façamos” o homem à “nossa” imagem, “nós” indica dois ou mais; já que Ele afirmou “nós”, então não há apenas um Deus. Deste modo, o homem começou a pensar no abstrato de pessoas distintas, e dessas palavras surgiu a ideia do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Então, como é o Pai? Como é o Filho? E como é o Espírito Santo? Seria possível que a humanidade de hoje tivesse sido feita à imagem de uma unidade de três? A imagem do homem é como a do Pai, a do Filho ou a do Espírito Santo? O homem é a imagem de qual das pessoas de Deus? Essa ideia do homem é simplesmente incorreta e sem sentido! Pode-se apenas separar um Deus em vários Deuses. A época em que Moisés escreveu o Gênesis foi depois que a humanidade foi criada, após a criação do mundo. No início, quando o mundo começou, Moisés não existia. E foi só muito tempo depois que Moisés escreveu a Bíblia, então como ele saberia o que o Deus no céu falou? Ele não tinha ideia de como Deus criou o mundo. No Antigo Testamento da Bíblia, não há menção ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, somente do único Deus verdadeiro, Jeová, realizando Sua obra em Israel. Ele é chamado por nomes diferentes à medida que o período muda, mas isso não pode provar que cada nome se refere a uma pessoa diferente. Se assim fosse, não haveria inúmeras pessoas em Deus? O que está escrito no Antigo Testamento é a obra de Jeová, uma etapa da obra do Próprio Deus para o início da Era da Lei. Foi a obra de Deus, como Ele falou, assim foi, e como Ele ordenou, assim permaneceu. Em nenhum momento Jeová disse que Ele era o Pai que vem para realizar a obra, ou profetizou o Filho vindo para redimir a humanidade. Quando chegou a época de Jesus, dizia-se apenas que Deus havia se tornado carne para redimir toda a humanidade, não que fosse o Filho que havia vindo. Como as eras não são iguais e a obra que o Próprio Deus faz também varia, Ele precisa realizar Sua obra dentro de diferentes reinos. Desta forma, a identidade que Ele representa também varia. O homem acredita que Jeová é o Pai de Jesus, mas isso na verdade não foi reconhecido por Jesus, que disse: “Nós nunca fomos distinguidos como Pai e Filho; Eu e o Pai no céu somos um. O Pai está em Mim e eu estou no Pai; quando os seres humanos veem o Filho, eles estão vendo o Pai celestial”. Quando tudo já foi dito, seja o Pai ou o Filho, Eles são um só Espírito, não divididos em pessoas separadas. Uma vez que o homem tenta explicar, as questões são complicadas com a ideia de pessoas distintas, assim como a relação entre Pai, Filho e Espírito. Quando o homem fala de pessoas separadas, isso não materializa Deus? O homem até classifica as pessoas como primeira, segunda e terceira; são apenas conceitos do homem, não merecedores de referência, e totalmente irreais! Se você lhe perguntasse: “Quantos Deuses existem?”, ele diria que Deus é a Trindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo: o único Deus verdadeiro. Se você perguntasse novamente: “Quem é o Pai?”, ele diria: “O Pai é o Espírito de Deus no céu; Ele é o responsável por tudo e é o Mestre do Céu”. “Então, Jeová é o Espírito?”, ele diria: “Sim!” Se você perguntasse a ele: “Quem é o Filho?”, ele diria que Jesus é o Filho, claro. “Então, qual é a história de Jesus? De onde Ele veio?”, ele diria: “Jesus nasceu de Maria por meio da concepção do Espírito Santo”. “Então a Sua substância não é a mesma do Espírito? Não é a Sua obra, também, representante do Espírito Santo? Jeová é o Espírito, e assim também é a substância de Jesus. Agora, nos últimos dias, não é preciso dizer que é, ainda, o Espírito operando; como Eles poderiam ser pessoas diferentes? Não é simplesmente o Espírito de Deus realizando a obra do Espírito sob diferentes perspectivas?” Como tal, não há distinção entre pessoas. Jesus foi concebido pelo Espírito Santo e, indubitavelmente, a Sua obra foi precisamente a do Espírito Santo. Na primeira etapa da obra realizada por Jeová, Ele não se fez carne nem apareceu ao homem. Então, o homem nunca viu Sua aparência. Não importa quão grande e alto Ele era, Ele ainda era o Espírito, o Próprio Deus que primeiro criou o homem. Isto é, Ele era o Espírito de Deus. Quando Ele falou ao homem dentre as nuvens, era somente um Espírito. Ninguém testemunhou Sua aparição; apenas na Era da Graça, quando o Espírito de Deus entrou na carne e encarnou na Judeia, é que o homem viu pela primeira vez a imagem da encarnação como judeu. O sentimento de Jeová não pôde ser sentido. No entanto, Ele foi concebido pelo Espírito Santo, isto é, concebido pelo Espírito do Próprio Jeová, e Jesus ainda nasceu como a corporificação do Espírito de Deus. O que o homem viu primeiro foi o Espírito Santo descendo como uma pomba sobre Jesus; não era o Espírito exclusivo de Jesus, e sim, o Espírito Santo. Logo, o Espírito de Jesus pode ser separado do Espírito Santo? Se Jesus é Jesus, o Filho, e o Espírito Santo é o Espírito Santo, como Eles poderiam ser um? A obra não poderia ser realizada, se fosse assim. O Espírito dentro de Jesus, o Espírito no céu e o Espírito de Jeová são todos um. Pode ser chamado o Espírito Santo, o Espírito de Deus, o Espírito sete vezes intensificado e o Espírito todo-inclusivo. O Espírito de Deus sozinho pode realizar muita obra. Ele consegue criar o mundo e destruí-lo inundando a terra; Ele pode redimir toda a humanidade e, além disso, conquistar e destruir toda a humanidade. Toda essa obra é realizada pelo Próprio Deus e não tem sido feita por qualquer outra pessoa de Deus em Seu lugar. Seu Espírito pode ser chamado pelos nomes de Jeová, Jesus e Todo-Poderoso. Ele é o Senhor, e Cristo. Ele também pode se tornar o Filho do homem. Ele está nos céus e também na terra; Ele está no alto dos universos e entre a multidão. Ele é o único Mestre dos céus e da terra! Desde o tempo da criação até agora, essa obra foi realizada pelo Espírito do Próprio Deus. Seja a obra nos céus ou na carne, tudo é realizado pelo Seu próprio Espírito. Todas as criaturas, no céu ou na terra, estão na palma de Sua mão todo-poderosa; tudo isso é obra do Próprio Deus e não pode ser feita por nenhum outro em Seu lugar. Nos céus, Ele é o Espírito, e também o Próprio Deus; entre os homens, Ele é carne, mas permanece o Próprio Deus. Embora Ele possa ser chamado por centenas de milhares de nomes, Ele ainda é Ele mesmo, e toda a obra é a expressão direta de Seu Espírito. A redenção de toda a humanidade por meio de Sua crucificação foi a obra direta de Seu Espírito, e assim também é a proclamação para todas as nações e todas as regiões durante os últimos dias. Em todos os momentos, Deus só pode ser chamado o todo-poderoso e o único Deus verdadeiro, o Próprio Deus todo-inclusivo. As pessoas distintas não existem, muito menos essa ideia do Pai, do Filho e do Espírito Santo! Existe apenas um Deus no céu e na terra!
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A Trindade existe?”