A ordem de Deus Jeová para o homem
Gênesis 2:15-17 Tomou, pois, Deus Jeová o homem, e o pôs no jardim do Édem para o lavrar e guardar. Ordenou Deus Jeová ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
A sedução da mulher pela serpente
Gênesis 3:1-5 Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que Deus Jeová tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Disse a serpente à mulher: Não é certo que morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal.
Essas duas passagens são excertos de que livro da Bíblia? (Gênesis.) Todos vocês estão familiarizados com essas duas passagens? Isso é algo que aconteceu no princípio, quando a humanidade tinha acabado de ser criada; foi um evento real. Primeiro, vejamos que tipo de ordem Deus Jeová deu a Adão e Eva, já que o conteúdo dessa ordem é muito importante para o nosso tópico de hoje. “Ordenou Deus Jeová ao homem, dizendo…” Continue lendo a seguinte passagem. (“De toda árvore do jardim podes comer livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”) O que a ordem de Deus para o homem nessa passagem contém? Em primeiro lugar, Deus diz ao homem o que ele pode comer, a saber, os frutos de uma variedade de árvores. Não há perigo nem veneno, todos podem ser comidos, e comidos à vontade, sem hesitações. Essa é uma parte. A outra parte é uma advertência. Essa advertência indica ao homem a árvore cujo fruto ele não pode comer: ele não deve comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. O que acontecerá se ele comer? Deus disse ao homem: “Se você comê-lo, seguramente morrerá”. Essas são palavras diretas? (Sim.) Se Deus lhe dissesse isso, mas você não entendesse o por que, você trataria essas palavras como uma regra ou uma ordem a ser seguida? Deveria ser seguida, não é? Mas, quer o homem seja ou não capaz de segui-las, as palavras de Deus são inequívocas. Deus disse muito claramente ao homem o que ele pode comer e o que não pode, e o que acontecerá se ele comer o que não deveria. Você viu algum aspecto do caráter de Deus nessas breves palavras que Ele disse? Essas palavras de Deus são verdadeiras? Existe alguma trapaça? Existe alguma falsidade? (Não.) Existe algum elemento ameaçador? (Não.) Honesta, leal e sinceramente Deus disse ao homem o que ele pode comer e o que não pode, em termos claros e simples. Existe algum sentido oculto nessas palavras? Essas palavras são diretas? Há alguma necessidade de conjectura? (Não.) Não há necessidade de adivinhar, certo? O sentido delas é óbvio num olhar e você as entende assim que o vê. Está claro como cristal. Ou seja, o que Ele quer dizer e o que Ele quer expressar vêm de Seu coração. As coisas que Deus expressa são simples, diretas e claras. Não há motivos escusos nem significados ocultos. Ele falou diretamente ao homem, dizendo-lhe o que ele pode comer e o que não pode. Isso significa que, por meio dessas palavras de Deus, o homem pode ver que o coração de Deus é transparente, que o coração de Deus é verdadeiro. Não existe absolutamente nenhuma falsidade aqui, dizendo-lhe que você não pode comer o que é comestível ou dizendo-lhe: “Faça isso e você vai ver o que acontece” com coisas que você não pode comer. Ele quer dizer isso? (Não.) Não. Aquilo que Deus tem em Seu coração é o que Ele diz. Se Eu digo que Deus é santo porque Ele Se mostra e Se revela por meio dessas palavras dessa maneira, você talvez ache que estou exagerando por nada ou que forcei a Minha interpretação um pouco demais. Nesse caso, não se preocupe, ainda não terminamos.
Vamos falar da “Sedução da mulher pela serpente”. Quem é a serpente? (Satanás.) Satanás desempenha o papel do contraste no plano de gestão de Deus de seis mil anos. Esse é um papel que não podemos deixar de mencionar quando comunicamos a santidade de Deus. Por que digo isso? Se você não conhece o mal e a corrupção de Satanás ou a natureza de Satanás, você então não tem meios para reconhecê-lo, nem pode conhecer o que a santidade realmente é. Na confusão, as pessoas acreditam que aquilo que Satanás faz é o certo porque elas vivem dentro desse tipo de caráter corrupto. Sem o contraste, sem nada com que comparar, você então não pode saber o que a santidade é, de modo que esse tópico deve ser mencionado aqui. Não pegamos esse tópico do nada, mas, em vez disso, por meio de suas palavras e atos, nós veremos como Satanás age, como corrompe a humanidade, que espécie de natureza ele tem e como é a sua fisionomia. Assim, o que essa mulher disse à serpente? A mulher repetiu para a serpente o que Deus Jeová lhe havia dito. Segundo o que ela disse, ela confirmou a validade de tudo que Deus tinha dito a ela? Ela não podia confirmá-lo, podia? Sendo alguém recém-criado, ela não possuía a habilidade de discernir o bem e o mal, nem a habilidade de perceber nada à sua volta. A julgar pelas palavras que ela disse à serpente, ela não havia confirmado que as palavras de Deus lhe pareciam certas em seu coração; essa era sua atitude. Portanto, quando a serpente viu que a mulher não tinha uma atitude definida a respeito das palavras de Deus, ela disse: “Não é certo que morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal”. Há alguma coisa errada com essas palavras? (Sim.) O que está errado? Quando terminaram de ler essa sentença, vocês perceberam a intenção da serpente? (Sim.) Que intenções a serpente tem? (Tentar o homem a pecar.) Ela quer tentar essa mulher para que pare de dar ouvidos às palavras de Deus, mas ela falou diretamente com a mulher? (Não.) A serpente não falou diretamente, por isso podemos dizer que ela é muito astuta. Ela expressa o seu propósito de maneira sorrateira e evasiva a fim de alcançar o objetivo pretendido que ela mantém oculto do homem dentro dela mesma — essa é a astúcia da serpente. Satanás sempre falou e agiu dessa maneira. Ela diz “não é certo” sem confirmar uma coisa ou a outra. Mas, ao ouvir isso, o coração dessa mulher ignorante se comoveu? (Sim.) A serpente ficou satisfeita, pois suas palavras tinham obtido o efeito desejado; essa era a astuciosa intenção da serpente. Além disso, ao prometer um resultado que o homem acreditava ser bom, ela seduziu a mulher dizendo: “no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão”. Assim, ela pensa: “É uma boa coisa que meus olhos se abram!”. Mas a serpente então pronuncia palavras que o homem crê serem ainda melhores, palavras desconhecidas para o homem, palavras que possuem um grande poder de tentação para quem as ouve: “e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal”. Essas palavras não são fortemente sedutoras para o homem? É como alguém dizer a você: “Seu rosto tem um formato maravilhoso. Só um pouco curto na ponte do nariz, mas se você consertar isso se tornará uma beleza de padrão mundial!”. Para uma pessoa que nunca quis fazer uma cirurgia plástica, o coração dela seria tocado ao ouvir essas palavras? (Sim.) Então, essas palavras são sedutoras? Essa é uma sedução tentadora para você? É tentadora? (Sim.) Deus diz coisas desse tipo? Havia nas palavras de Deus algum indício disso que acabamos de ver? (Não.) Por quê? Deus fala o que pensa em Seu coração? O homem pode enxergar o que há no coração de Deus por meio de Suas palavras? (Sim.) Mas, quando a serpente falou aquelas palavras para a mulher, você conseguiu enxergar o que havia em seu coração? (Não.) E, por causa da ignorância do homem, eles foram facilmente seduzidos pelas palavras da serpente, foram facilmente fisgados, facilmente conduzidos. Você conseguiu então enxergar a intenção de Satanás? Você conseguiu enxergar o propósito por trás do que ele disse? Você conseguiu perceber a trama e o esquema astucioso dele? (Não.) Que espécie de caráter é representada pelo modo de falar de Satanás? Que espécie de essência você viu em Satanás através dessas palavras? É insidioso? Talvez, por fora, ele sorria para você ou não revele nenhuma expressão. Mas, no coração dele, ele está calculando como atingir seu objetivo, e é esse objetivo que você não consegue ver. Então, você é seduzido por todas as promessas que ele lhe faz, por todas as vantagens sobre as quais fala. Você acha que são boas e pensa que aquilo que ele diz é mais útil, mais substancial do que o que Deus diz. Quando isso acontece, o homem não se torna então um prisioneiro submisso? (Sim.) Assim, não é diabólico esse meio usado por Satanás? Você se permite afundar bastante. Sem que Satanás tenha de mover um dedo, com essas duas sentenças você se contenta em segui-lo e acatá-lo. O objetivo dele foi alcançado. Essa não é uma intenção sinistra? Essa não é a mais elementar fisionomia de Satanás? Com base nas palavras de Satanás, o homem pode ver seus motivos sinistros, sua hedionda fisionomia e sua essência. Não é assim? (Sim.) Comparando essas sentenças, sem análise, talvez você ache que as palavras de Deus Jeová são banais, ordinárias, comuns, que por elas não valha a pena fazer-se alarde quanto a louvar a honestidade de Deus. Contudo, quando tomamos as palavras de Satanás e sua hedionda fisionomia e as usamos como um contraste, essas palavras de Deus têm grande importância para as pessoas de hoje? (Sim.) Por meio desse contraste, o homem é capaz de perceber a pura perfeição de Deus. Estou certo quando digo isso? (Sim.) Toda palavra que Satanás pronuncia, assim como seus motivos, intenções e o modo como fala são todos adulterados. Qual é o aspecto principal de seu modo de falar? Ele usa equívocos para seduzir você sem deixar que você perceba, nem lhe permite discernir qual é seu objetivo; ele deixa que você morda a isca, levando-o a elogiá-lo e louvar seus méritos. Não é essa a constante tramoia de Satanás? (Sim.)
A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “O Próprio Deus, o Único IV”