Deus, sendo o maior em todo o universo e no reino acima, poderia Ele Se explicar completamente utilizando a imagem de uma carne? Deus coloca essa carne para fazer um estágio de Sua obra. Não há qualquer significado em particular nessa imagem da carne, ela não tem relação com a passagem das eras, nem tem algo a ver com o caráter de Deus. Por que Jesus não permitiu que a imagem Dele permanecesse? Por que Ele não deixou o homem pintar Sua imagem para que ela pudesse ser passada às gerações posteriores? Por que Ele não permitiu que as pessoas reconhecessem que Sua imagem era a imagem de Deus? Embora a imagem do homem tenha sido criada à imagem de Deus, teria sido possível a aparência do homem representar a imagem exaltada de Deus? Quando Deus Se torna carne, Ele simplesmente desce do céu para uma determinada carne. É o Seu Espírito que desce em uma carne, através da qual Ele faz a obra do Espírito. É o Espírito que é expresso na carne, e é o Espírito que faz Sua obra na carne. A obra feita na carne representa plenamente o Espírito, e a carne é para o bem da obra, mas isso não significa que a imagem da carne substitua a verdadeira imagem do Próprio Deus; esse não é o propósito ou a importância de Deus Se tornar carne. Ele Se torna carne somente para que o Espírito possa encontrar um lugar para residir que seja adequado para Sua obra, para melhor realizar Sua obra na carne, para que as pessoas possam ver Seus feitos, entender Seu caráter, ouvir Suas palavras e conhecer a maravilha de Sua obra. Seu nome representa Seu caráter, Sua obra representa Sua identidade, mas Ele nunca disse que Sua aparência na carne representa Sua imagem; isso é meramente uma noção do homem. E assim, os aspectos cruciais da encarnação de Deus são Seu nome, Sua obra, Seu caráter e Seu gênero. Estes são utilizados para representar Sua gestão nesta era. Sua aparência na carne não tem relação com Sua gestão, sendo meramente por causa de Sua obra na época. No entanto, é impossível Deus encarnado não ter nenhuma aparência em particular, assim Ele escolhe a família apropriada para determinar Sua aparência. Se a aparência de Deus tivesse importância representativa, todos aqueles que possuem características faciais semelhantes a Ele também representariam a Deus. Esse não seria um erro notório? O retrato de Jesus foi pintado pelo homem para que o homem pudesse adorá-Lo. Na época, o Espírito Santo não deu instruções especiais, e assim o homem repassou aquele retrato imaginado até hoje. Na verdade, de acordo com a intenção original de Deus, o homem não deveria ter feito isso. É apenas o zelo do homem que fez com que o retrato de Jesus permanecesse até hoje. Deus é Espírito, e o homem nunca será capaz de abranger o que Sua imagem é em última análise. Sua imagem só pode ser representada por Seu caráter. Quanto ao aspecto do Seu nariz, de Sua boca, de Seus olhos e de Seus cabelos, esses estão além da sua capacidade de cobrir. Quando a revelação veio a João, ele viu a imagem do Filho do homem: De Sua boca saía uma afiada espada de dois gumes, Seus olhos eram como chamas de fogo, Sua cabeça e cabelo eram brancos como lã, Seus pés eram como bronze polido, e havia uma faixa dourada ao redor de Seu peito. Embora suas palavras fossem extremamente vívidas, a imagem de Deus que ele descreveu não era a imagem de um ser criado. O que ele viu foi apenas uma visão, e não a imagem de uma pessoa do mundo material. João havia tido uma visão, mas não havia testemunhado a verdadeira aparência de Deus. A imagem da carne encarnada de Deus, sendo a imagem de um ser criado, é incapaz de representar o caráter de Deus em sua totalidade. Quando Jeová criou a humanidade, Ele disse que Ele fez isso à Sua imagem e criou homens e mulheres. Naquela época, Ele disse que Ele fez homem e mulher à imagem de Deus. Embora a imagem do homem se assemelhe à imagem de Deus, isso não pode ser interpretado como a aparência do homem ser a imagem de Deus. Nem pode você utilizar a linguagem da humanidade para sintetizar totalmente a imagem de Deus, pois Deus é exaltado demais, grande demais, maravilhoso demais e insondável!
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A visão da obra de Deus (3)”