As pessoas têm um entendimento demasiadamente superficial de sua própria natureza, e existe uma discrepância enorme entre ele e as palavras de julgamento e revelação de Deus. Não é um erro no que Deus revela, mas, em vez disso, é a falta de entendimento profundo dos humanos sobre a própria natureza. As pessoas não têm um entendimento fundamental nem substancial de si mesmas, mas, em vez disso, focam e devotam suas energias em suas ações e expressões externas. Mesmo se alguém, ocasionalmente, tiver dito algo sobre entender a si próprio, não seria muito profundo. Ninguém jamais pensou que é esse tipo de pessoa ou tem esse tipo de natureza devido a ter feito esse tipo de coisa ou ter revelado algo. Deus tem revelado a natureza e a substância da humanidade, mas os humanos entendem que seu jeito de fazer as coisas e seu jeito de falar são falhos e defectivos; portanto, é uma tarefa extenuante para as pessoas colocar a verdade em prática. As pessoas pensam que seus erros são meramente manifestações momentâneas, que são revelados de modo descuidado em vez de serem revelações da natureza delas. As pessoas que entendem a si mesmas dessa maneira não colocam a verdade em prática, porque elas não são capazes de aceitar a verdade como verdade e não têm sede da verdade; portanto, ao colocar a verdade em prática, elas só seguem as regras de maneira superficial. As pessoas não veem a própria natureza como sendo corrupta demais e creem que elas não chegam ao nível de serem destruídas nem punidas. Elas acham que mentir ocasionalmente não é grande coisa e que elas estão muito melhores que antes; de fato, porém, elas nem chegam perto de estar à altura do padrão, porque as pessoas só têm certas ações que externamente não violam a verdade, quando elas não estão de fato colocando a verdade em prática.
Mudanças no comportamento ou conduta de uma pessoa não implicam em uma mudança em sua natureza. A razão disso é que a conduta de uma pessoa não pode alterar, de modo fundamental, sua aparência original nem sua natureza. Só depois de conhecer sua própria natureza é que sua prática pode se tornar profunda e algo diferente da adesão a um conjunto de regras. A prática atual da verdade pelo homem ainda não está à altura do padrão e não pode alcançar plenamente tudo que a verdade exige. As pessoas praticam apenas uma parte da verdade, e apenas quando estão em certos estados e circunstâncias; elas não podem colocar a verdade em prática em todas as circunstâncias e situações. Quando, ocasionalmente, uma pessoa está feliz e seu estado é bom ou quando ela está em comunhão com o grupo e se sente mais liberada do que o normal, ela pode temporariamente ser capaz de fazer algumas coisas que estão de acordo com a verdade; no entanto, quando está na companhia de pessoas negativas e daqueles que não buscam a verdade, sua prática é pior e suas ações são um tanto inadequadas. Isso ocorre porque as pessoas praticam a verdade sem uma atitude de perseverança; em vez disso, colocam-na em prática guiadas pelas influências fugazes da emoção ou das circunstâncias. É também porque você não compreendeu seu estado, nem compreendeu sua natureza, então, às vezes, você ainda é capaz de fazer coisas que não pode se imaginar fazendo. Você conhece apenas alguns de seus estados, mas, como não entendeu sua natureza, não consegue controlar o que pode fazer no futuro — ou seja, você não tem certeza absoluta de que permanecerá firme. Há momentos em que você está em um estado e pode colocar a verdade em prática, e você parece evidenciar alguma mudança, mas, em um ambiente diferente, é incapaz de colocá-la em prática. Isso está fora de seu controle. Às vezes, você consegue praticar a verdade, às vezes, não. Em um momento, você entende, e no próximo, está confuso. Atualmente, você não está fazendo nada de ruim, mas talvez o faça daqui a pouco. Isso prova que coisas corruptas ainda existem dentro de você e, se você for incapaz de ter autoconhecimento verdadeiro, elas não serão fáceis de resolver. Se você não consegue obter uma compreensão completa de seu próprio caráter corrupto e, em última análise, é capaz de coisas que resistem a Deus, então você está em perigo. Se você pode alcançar uma percepção penetrante de sua natureza e odiá-la, então será capaz de se controlar, abandonar-se a si mesmo e colocar a verdade em prática.
A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”