Somente aqueles que se submetem à soberania do Criador podem alcançar verdadeira liberdade
Como não reconhecem as orquestrações e a soberania de Deus, as pessoas encaram o destino sempre desafiadoramente, com atitude rebelde, sempre querendo livrar-se da autoridade e a soberania de Deus e as coisas que o destino reserva, esperando em vão mudar suas circunstâncias atuais e alterar seu destino. Mas elas nunca conseguem ter sucesso, frustram-se continuamente. Esta luta que se dá no fundo da alma é dolorosa; a dor é inesquecível, e durante esse tempo todo a pessoa está desperdiçando sua vida. Qual é a razão dessa dor? É a soberania de Deus ou porque a pessoa nasceu sem sorte? Obviamente, nenhuma das duas. Na realidade, é consequência das sendas que as pessoas tomam, da maneira como elas optam por viver suas vidas. Talvez algumas delas não tenham percebido essas coisas. Mas quando você sabe verdadeiramente, quando chega verdadeiramente a reconhecer que Deus tem soberania sobre o destino humano, quando entende verdadeiramente que tudo o que Deus planejou e decidiu para você é um grande benefício e uma grande proteção, você sente sua dor se acalmar paulatinamente e seu ser inteiro fica relaxado, livre, liberto. A julgar pela situação da maioria das pessoas, embora num nível subjetivo elas não queiram continuar a viver como viviam antes, embora queiram aliviar-se da dor, objetivamente elas não podem verdadeiramente fazer face ao valor e ao significado práticos da soberania do Criador sobre o destino humano; elas não podem verdadeiramente reconhecer a soberania do Criador e a ela submeter-se, muito menos sabem como procurar e aceitar as orquestrações e os arranjos do Criador. Assim, se as pessoas não podem reconhecer realmente o fato de que o Criador tem soberania sobre o destino humano e todas as coisas do ser humano, se não podem submeter-se verdadeiramente ao domínio do Criador, será difícil que elas não sejam guiadas — e limitadas — pela noção de que “seu destino está nas suas mãos”, será difícil para elas livrar-se da dor de sua luta intensa contra o destino e contra a autoridade do Criador, e nem é preciso dizer que também lhes será difícil tornar-se verdadeiramente libertas e livres, tornar-se pessoas que adoram a Deus. Há um jeito mais simples de se livrar dessa situação: abandonar o anterior modo de viver, dizer adeus às anteriores metas na vida, resumir e analisar o estilo de vida, a filosofia, as buscas, os desejos e ideais anteriores e, depois, compará-los com a vontade e as exigências de Deus para o homem e ver se algum deles é compatível com a vontade de Deus e Suas exigências, se algum deles traz os valores corretos da vida, conduz a uma maior compreensão da verdade e permite viver com humanidade e semelhança humana. Quando você investigar repetidas vezes e dissecar atentamente as diversas metas que as pessoas perseguem na vida e os diferentes caminhos de vida, você descobrirá que nenhum deles corresponde à intenção original do Criador quando criou a humanidade. Todos eles afastam as pessoas da soberania e do cuidado do Criador; todos são buracos nos quais a humanidade cai e que a levam ao inferno. Depois de reconhecer isso, a sua tarefa é pôr de lado sua antiga visão da vida, ficar longe de diversas armadilhas, deixar que Deus se encarregue de sua vida e faça arranjos para você, tentar apenas se submeter às orquestrações e à orientação de Deus, não ter escolha e tornar-se uma pessoa que adora a Deus. Isto parece fácil, mas é difícil de fazer. Algumas pessoas podem suportar a dor disso, outras não. Algumas estão dispostas a adequar-se, outras não. Aquelas que não estão dispostas não têm o desejo nem a determinação para fazê-lo; elas estão claramente cientes da soberania de Deus, sabem perfeitamente bem que é Deus quem planeja e arranja o destino humano, mas ainda esperneiam e lutam, ainda não se resignam a deixar seus destinos nas mãos de Deus e submeter-se à Sua soberania e, além disso, elas se ressentem das orquestrações e dos arranjos de Deus. Por isso sempre haverá pessoas que querem ver por si mesmas do que são capazes; elas querem mudar seus destinos com as próprias mãos ou alcançar a felicidade sob seu próprio poder, ver se podem ultrapassar os limites da autoridade de Deus e superar a Sua soberania. A tristeza do homem não é que ele procure uma vida feliz nem que buscar fama e fortuna e lute contra seu próprio destino na bruma, mas que, depois de ter visto a existência do Criador, depois de se ter inteirado do fato de que o Criador tem soberania sobre o destino humano, ele ainda não possa corrigir seus caminhos, não possa tirar o pé da lama, mas endureça seu coração e persista nos seus erros. Ele prefere continuar a se debater na lama, rivalizando obstinadamente com a soberania do Criador, resistindo a ela até o fim, sem o menor sinal de contrição, e só quando jaz prostrado e sangrando é que, por fim, ele decide desistir e voltar atrás. Isto é verdadeiro pesar humano. Por isso Eu digo, aqueles que optam por submeter-se são sábios, e aqueles que optam por fugir são estupidamente teimosos.
A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “O Próprio Deus, o Único III”