Afinal, a obra de Deus é diferente do trabalho dos homens e, além do mais, como Suas expressões poderiam ser iguais às deles? Deus tem Seu caráter próprio e especial, enquanto o homem tem deveres que deveria cumprir. O caráter de Deus é expressado em Sua obra, enquanto o dever do homem é representado nas experiências do homem e expressado nas buscas do homem. Assim, se torna evidente, através do trabalho que é feito, se algo é expressão de Deus ou expressão do homem. Isso não precisa ser explicado pelo Próprio Deus, tampouco exige que o homem se esforce para dar testemunho; além do mais, não é necessário que o Próprio Deus suprima qualquer pessoa. Tudo isso vem como uma revelação natural; não é nem forçado nem algo em que o homem possa interferir. O dever do homem pode ser conhecido através de suas experiências e não exige que as pessoas façam qualquer trabalho experiencial adicional. Toda a essência do homem pode ser revelada conforme ele cumpre seu dever, ao passo que Deus pode expressar Seu caráter inerente enquanto realiza a Sua obra. Se for o trabalho do homem, então não pode ser encoberto. Se for a obra de Deus, então o caráter de Deus é ainda mais impossível de ser ocultado por alguém, muito menos de ser controlado pelo homem. Não é possível dizer que homem algum seja Deus, nem que seu trabalho e suas palavras sejam vistos como santos ou considerados imutáveis. É possível dizer que Deus é humano porque Ele Se revestiu em carne, mas Sua obra não pode ser considerada trabalho do homem nem dever do homem. Além do mais, as declarações de Deus e as cartas de Paulo não podem ser igualadas, tampouco é possível falar em termos iguais do julgamento e castigo de Deus e das palavras de instrução do homem. Existem, portanto, princípios que distinguem a obra de Deus do trabalho do homem. Esses são diferenciados de acordo com sua essência, não pelo escopo do trabalho nem por sua eficácia temporária. No que diz respeito a esse tema, a maioria das pessoas comete erros de princípio. Isso se dá porque o homem olha para o exterior, o que consegue alcançar, enquanto Deus olha para a essência, que não pode ser observada com os olhos físicos da humanidade. Se você considerar as palavras e a obra de Deus como os deveres de um homem mediano e ver o trabalho em grande escala do homem como a obra de Deus revestido em carne e não como o dever que o homem cumpre, então você não está enganado em princípio? As cartas e as biografias do homem podem ser escritas facilmente, mas apenas sobre o fundamento da obra do Espírito Santo. As declarações e a obra de Deus, porém, não podem ser realizadas facilmente pelo homem nem alcançadas por sabedoria e pensamento humanos, tampouco as pessoas podem explicá-las a fundo após explorá-las. Se essas questões de princípio não despertarem nenhuma reação em vocês, então, evidentemente, sua fé não é muito verdadeira nem refinada. Só é possível dizer que sua fé é cheia de imprecisão e é confusa e sem princípios. Sem entender nem mesmo as questões essenciais mais básicas de Deus e do homem, esse tipo de fé não é algo que carece completamente de perceptibilidade?
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Qual é a sua posição em relação às treze epístolas?”