O segredo para a autorreflexão e se conhecer é este: quanto mais você sente que em certas áreas fez o bem ou que fez a coisa certa, e quanto mais você acha que pode satisfazer a vontade de Deus ou que é capaz de se gabar em certas áreas, então mais vale a pena para você se conhecer naquelas áreas e mais vale a pena para você escavá-las a fundo para ver que impurezas existem em você, bem como que coisas não podem satisfazer a vontade de Deus. Tomemos Paulo como exemplo. Paulo era especialmente instruído, e ele sofreu muito em seu trabalho de pregação. Ele era especialmente adorado por muitos. Como resultado, após completar muito trabalho, ele supôs que haveria uma coroa reservada para ele. Isso fez com que ele seguisse cada vez mais a senda errada, até que, finalmente, ele foi punido por Deus. Se, naquele tempo, ele tivesse refletido sobre si mesmo e se dissecado, ele não teria pensado isso. Em outras palavras, Paulo não tinha se concentrado em buscar a verdade nas palavras do Senhor Jesus; ele só tinha acreditado em suas próprias noções e imaginações. Ele acreditava que, contanto que fizesse algumas coisas boas e demonstrasse um bom comportamento, ele seria elogiado e recompensado por Deus. No fim, suas próprias noções e imaginações cegaram seu espírito e encobriram seu rosto verdadeiro. No entanto, as pessoas não sabiam disso, e sem que Deus trouxesse isso à luz, elas continuaram a estabelecer Paulo como um padrão a ser alcançado, como um exemplo de vida, e o consideravam como aquele a quem queriam ser semelhantes. Paulo se tornou o objeto da busca e da imitação delas. Essa história sobre Paulo serve como uma advertência para todos que acreditam em Deus, que é que, toda vez que sentimos que nos saímos especialmente bem, ou acreditamos que somos especialmente dotados em certo respeito, ou pensamos que não precisamos mudar nem precisamos ser tratados em certo respeito, deveríamos nos esforçar para refletir e nos conhecer melhor a esse respeito; isso é crucial. Isso é porque você certamente não desenterrou, não prestou atenção nem dissecou os aspectos de si mesmo nos quais você acredita ser bom a fim de ver se de fato eles contêm ou não algo que resiste a Deus. Por exemplo, existem pessoas que acreditam ser extremamente bondosas. Nunca odeiam nem prejudicam os outros e sempre oferecem ajuda a um irmão ou irmã cuja família passa por necessidades para que seu problema não permaneça não resolvido; elas têm muita boa-vontade e fazem de tudo em seu poder para ajudar a todos que puderem. Qual é o resultado de tal obsequiosidade? Elas suspendem a própria vida, mas estão bastante satisfeitas consigo mesmas e extremamente satisfeitas com tudo que fizeram. E mais, elas se orgulham muito disso, acreditando que tudo o que fizeram basta certamente para satisfazer a vontade de Deus e que são crentes verdadeiros em Deus. Veem sua bondade natural como algo que deve ser capitalizado e, assim que a veem desse modo, inevitavelmente vêm a vê-la como a verdade. Na realidade, tudo que fazem é bem humano. De forma alguma buscaram a verdade, e todos os seus atos são em vão, pois os praticam diante do homem e não diante de Deus e ainda menos praticam de acordo com as exigências de Deus e a verdade. Nenhuma das coisas que fazem é a prática da verdade, e nenhuma é a prática das palavras de Deus, muito menos estão seguindo Sua vontade; ao contrário, usam a bondade e o bom comportamento humano para ajudar os outros. Em suma, não buscam a vontade de Deus naquilo que fazem nem agem de acordo com Suas exigências. Portanto, do ponto de vista de Deus, o bom comportamento do homem é condenado e não merece ser lembrado por Ele.
A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só ao reconhecer as próprias opiniões equivocadas pode-se realmente se transformar”